As tantas redes de TV brasileiras não cabem na nossa economia

O Brasil tem hoje, contando as religiosas, 14 redes de TV

Desde lá detrás, quando o cenário se apresentava até mais auspicioso que o de agora, a capacidade do Brasil em tentar hospedar tamanha quantidade de redes de televisão aberta sempre apareceu no centro das discussões. Aliás, este é um assunto que, de tão apavorante, na grande maioria das ocasiões é até evitado, porque são muitos os interesses envolvidos, e o estreitamento do mercado poderá apresentar consequências desagradáveis. Porém, por mais que existam boa vontade e esforços, esta é uma realidade cada vez mais próxima, indicada de forma irrefutável nos índices de audiência e num painel quase que permanente da distribuição das verbas publicitárias. É seguro afirmar que Globo, SBT e Record, também por um panorama que já se apresenta como definitivo, estarão operando regularmente daqui 20, 50 e até mais anos, mas ninguém se arrisca afirmar o mesmo sobre as demais. Hoje, contando as religiosas, temos 14 redes de TV no país. Isso, para o tamanho da nossa economia, é de um despropósito completo. Não há mercado para tanto, ainda mais se levarmos em conta o inevitável crescimento de alguns canais pagos. No meio de tantas, já existem muitas batendo lata.

Ajuda de cima

A troca de comando em Brasília, de alguma maneira, foi algo que para a Bandeirantes, pelo menos, caiu do céu. Comerciais como da Nossa Caixa e Banco do Brasil voltaram a ocupar espaços bem importantes em toda a sua grade de programação.

Crescimento

De acordo com a Kantar Ibope Media, entre os gêneros de TV favoritos dos jovens de 18 a 34 anos, os shows registraram aumento de 33% do tempo médio de exposição nos últimos dois anos. Shows são considerados na pesquisa os programas sem plateia, que abrangem uma grande diversidade de assuntos, como brincadeiras, jogos, entrevistas e apresentações musicais.

Traduzindo em números

Segundo este levantamento do Ibope, em 2014, o telespectador assistia 17 minutos e 49 segundos de shows diariamente. Em 2016, essa média subiu para 23 minutos e 40 segundos diários. Um crescimento bem significativo.

Fonte: http://tvefamosos.uol.com.br/colunas/flavio-ricco (18/11/2016)

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